Patauá, mais uma palmeira amazônica
Juvenal Pereira - Especial para "O Estado"
A exemplo do açaí, mais uma palmeira amazônica promete ganhar popularidade: o patauá, de cujas sementes extrai-se um óleo de múltiplos usos, desde o culinário, até o cosmético e como combustível, substituindo o óleo diesel. Em alguns meses do ano, também, o vinho do patauá, que é o suco extraído das sementes, é vendido no mercado informal de sucos em Rio Branco (AC).
SEMENTES EM CACHO - Óleo é o item mais valorizado do patauá
Além disso, estudo feito em 2004 por Daisy Gomes-Silva e Lucia Wadt, bolsista do CNPq e pesquisadora da Embrapa, constatou que o óleo de patauá é rico em aminoácidos e gorduras insaturadas usadas contra o colesterol. Resíduos da extração do óleo têm sido estudados como suplemento alimentar na pecuária.Em Belém (PA), para difundir o potencial do óleo do patauá o engenheiro químico Luiz Morais, proprietário da fábrica de cosméticos Curupira, dá oficinas, sobretudo métodos higiênicos de extração do óleo. Depois, adquire os produtos para usar na sua fábrica.
Recentemente, também, o empresário rural e do ramo de navegação na Amazônia, o mineiro João Salim, reuniu uma equipe na Expedição Patauá, que saiu do porto de Belém em um navio até Breves (PA). Algumas amêndoas do patauá, daquela região, foram enviadas ao Departamento de Gorduras e Óleos da Faculdade de Engenharia da Alimentação da Unicamp para análise de seus componentes e na composição do óleo, do vinho e dos resíduos. Em apenas uma filtragem o óleo pode ser consumido. Ainda citando os estudos de Daisy e Lucia Wadt, "o patauá e outras palmeiras como açaí, buriti, murumuru e tucumã podem formar um grupo potencial da floresta nativa, atuando como fonte de renda para as comunidades locais e contribuindo com a proposta de desenvolvimento sustentável".
INFORMAÇÕES:
Luiz Morais
Telefone. (91) 3237-2231
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