terça-feira, 5 de julho de 2011

Aproveitar Para Preservar

Desculpem de mais uma vez tomar vosso tempo com as minhas questões amazônicas, mas é que vendo as questões sobre as mudanças de legislação na lei ambiental brasileira me pergunto para onde estamos caminhando. Talvez amanhã estejamos em uma situação semelhante a do Haiti na base do “salve-se quem puder” ou viva o maior tempo possível se conseguir. O Haiti esgotou todos os seus recursos naturais e hoje vive um verdadeiro inferno na terra, será que um dia chegaremos lá? A discussão, em minha opinião, é lastimável, diminuir ou aumentar áreas de proteção soa como uma pergunta. Vamos levar mais ou menos tempo para exaurir totalmente nossos recursos naturais? Caros amigos da rede penso que a discussão seria melhor se questionassemos o quanto vamos aproveitar das áreas protegidas? Temos uma das maiores biodiversidades do planeta, podemos sim aproveitar mata nativa, de várzea, de terra firme, ciliar ou não que possuem produtos de valor agregado maior que os da agricultura familiar atual. Exemplos não me faltam porem ficaria enfadonho citá-los aqui. Existem muitos sites, inclusive do MMA, com estes produtos, que hoje são especiarias por não ter uma produção em larga escala.
Penso que nos que fazemos parte desta comunidade virtual ligada à indústria química e cosmética, empresários, formuladores, vendedores, marketing, logística, entidades de classe, devemos ter o compromisso de valorizar estes produtos que hoje provem do extrativismo, mas que podem amanhã estar plenamente domesticados e gerando renda e divisas para o país. Áreas de preservação são fundamentais para termos nossos bancos de germoplasmas, hoje nos destruímos o que nem conhecemos.

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